quinta-feira, 27 de junho de 2013

PARA ALÉM DA VITÓRIA SOBRE A PEC 37, É PRECISO COMBATER A CORRUPÇÃO


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Na onda de manifestações que varre as ruas, o repúdio à PEC 37 acabou concentrando o rechaço à corrupção e à impunidade de forma geral. É evidente que a aprovação da medida abriria ainda mais a porteira para a corrupção e a roubalheira no Congresso. Por isso, a derrubada da PEC 37 é uma vitória do movimento.

Mas a derrota do projeto está muito longe de significar o fim da corrupção no país. A oposição de direita sabe muito bem disso, e tentou restringir as reivindicações à bandeira de "não à PEC 37". Quis apenas desgastar o governo do PT com sua corrupção e deixar tudo como está. E os escândalos que atingem o DEM e o PSDB, como ficam?

A força do movimento nas ruas conquistou a revogação das tarifas do transporte, impediu o aumento da impunidade e segue lutando por saúde, educação etc. Mas não basta jogar a PEC 37 na lata do lixo. A medida mais imediata e urgente para se combater a corrupção é a prisão e o confisco dos bens de corruptos e dos corruptores. Devemos punir os políticos que roubam, mas também as empresas que se beneficiam da roubalheira. Por que os demais partidos que falam tanto da PEC 37 não propõem essa medida tão básica e óbvia?

É preciso também que sejam abertos os sigilos bancário e fiscal dos donos dos bancos e empreiteiras, assim como dos parlamentares, governantes e dirigentes de estatais. Por que os contratos e planilhas das empresas de transporte público são, em geral, escondidos em uma verdadeira caixa preta?

Outra fonte de corrupção são os privilégios e regalias que os políticos desfrutam. Para atacar isso, o PSTU defende os mandatos revogáveis, a redução dos salários dos parlamentares ao nível do salário médio de um operário especializado e o fim do Senado, essa instância antidemocrática cujo objetivo é dar mais peso no parlamento aos setores mais poderosos, reacionários e corruptos.

A revolta contra a corrupção, longe de ser “coisa da direita”, é uma indignação legítima da população. Não há como combatê-la sem atacar os lucros e os interesses das grandes empresas e seus negócios com o Estado, e o próprio capitalismo.

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