Convite
Limoeiro do Norte, 26
de maio de 2014.
Amigos e Companheiros/as,
“Na copa vai ter luta!”:
Essa tem sido a expressão viva das mais recentes manifestações de rua que dão
continuidade às jornadas de junho, agora partindo de setores organizados que se
mobilizam e lutam contra os desmandos patrocinados pela FIFA e o governo
federal, que colocam a construção de estádios e a orquestração de verdadeiras ‘tropas
de elite’ para garantir a “segurança” desse megaevento, acima dos direitos
sociais e da própria vida da maioria do povo brasileiro. E a pergunta que não
quer calar e sai a toda hora da boca dos que não estão dispostos a pagar
calados pelo preço alto dessa proeza é: “COPA,
PARA QUEM?” Será que nós trabalhadores aqui do interior do estado, por
exemplo, estaremos naquelas pomposas e (diga-se de passagem!) arriscadas
arquibancadas, construídas às pressas e às custas do dinheiro público e do
sangue de muitos trabalhadores que perderam suas vidas, certamente, com a ilusão
que estariam dando sua parcela de contribuição para tornar o Brasil mais uma
vez campeão mundial!
A realidade é bem diferente! Senão,
vejamos: A Fifa ganhou uma isenção fiscal de R$
558,83 milhões para realizar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O valor do
benefício diz respeito a impostos federais que a entidade máxima do futebol
deixou e deixará de pagar até 2015, e foi estimado pela Receita Federal.
A isenção foi garantida pelo governo brasileiro
em 2007, previstos na Lei 12.350, sancionada em 2010 pelo então presidente
Lula, lei esta que criou o
programa de incentivos fiscais à construção ou reforma de estádios da Copa do
Mundo, o Recopa, que desonera a compra de materiais e a contratação de serviços
usados nas obras das arenas do Mundial. Além desses ‘benefícios’, outras medidas
estão previstas na Lei Geral da Copa, sancionada pela presidente Dilma neste
ano. Com esses direitos garantidos e os benefícios fiscais aprovados, a Fifa
deve realizar no Brasil a Copa do Mundo mais lucrativa da história. A entidade
espera que o evento gere um faturamento de 3,8 bilhões de dólares (R$ 7,6
bilhões), ou seja, 600 milhões de dólares (R$ 1,2 bilhão) a mais do que a
receita gerada na Copa de 2010, na África do Sul, e quase o triplo da receita
da Copa de 2006, na Alemanha. De acordo com o balanço da Fifa referente ao ano
de 2011, a Copa do Mundo de 2014 já rendeu um faturamento de cerca de R$ 1,6
bilhão para a entidade.
É de fato lamentável o lado perverso desse tão
venerado evento, mas que, infelizmente, está colocado aí para quem quiser e
quem não quiser ver as infundadas e infinitas injustiças da Copa. Por isso,
temos que ter clareza nesse momento para quem vamos torcer: para o time dos
poderosos chefiados pela FIFA e os governos de plantão, ou para o time dos que
estão sendo explorados, oprimidos e até mesmo retirados de suas casas por conta
da política imposta por esse megaevento?
É nesse
contexto de efervescência e de grandes desafios que convidamos você a
participar de mais um estudo do Grupo de Estudos Marxistas de Limoeiro, que
será realizado neste dia 31 de maio (último sábado), a partir das 15 h, na sala
de multimídia da FAFIDAM, em torno da obra “Revolução
Burguesa” de Florestan Fernandes, sob a coordenação do sociólogo Ângelo
Felipe Castro Varela e a mediação do prof. Flávio Braga.
Aguardando sua
presença,
Saudações
Socialistas!
GRUPO DE ESTUDOS MARXISTAS DE LIMOEIRO APOIO: PSTU
municipal
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