As
cidades, se não bem planejadas, em vez de crescer, acabam por inchar. Mas se alguém supõe não
haver nisso também um planejamento, uma premeditação, está errado. Ao menos no sentido do que os
capitalistas projetam (um planejamento de classe, pois!), podemos sim falar em ordenamento de espaço. E esse modelo tem, na base, um nome, no mínimo, um: exclusão. A quem
tem os meios de produção, não basta roubar a alma, é preciso também corroer a
carne, fechar o trânsito dos corpos, enjaulá-los em rotinas e restringir-lhes,
se possível, a abundância de ar. Sim, os seres humanos precisam de ar para
desanuviarem suas energias, precisam de espaço e de liberdade. Não basta morar,
pois que é preciso viver. E é desarticulando e enlouquecendo as pessoas, no caos
de um ordenamento opressor do espaço físico, que o controle sobre elas também se opera: ora apenas como a lógica rasa de conduzir um rebanho; ora como força máxima da violência que a tudo é capaz de descartar, sem maiores escrúpulos. Se os capitalistas têm de jogar populações inteiras na rua, na lama, na miséria, assim o fazem.
Daniela Mussi, no Blog da Convergência, nos brinda com interessante texto acerca da favelização ocorrida nos Estados Unidos da América: Tent-cities: a favelização no coração do capitalismo.
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Daniela Mussi, no Blog da Convergência, nos brinda com interessante texto acerca da favelização ocorrida nos Estados Unidos da América: Tent-cities: a favelização no coração do capitalismo.
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