Caros/as amigos/as,
Como divulguei anteriormente, na
última quarta, 26, ocorreu a audiência do processo que apura o assassinato de
Zé Maria. A audiência tinha o objetivo de ouvir as testemunhas da defesa (todas
da acusação, nós, já foram ouvidas). Testemunhas de Aldair (gerente da empresa
Frutacor), Wellington e Marcos. De João Teixeira serão ouvidas depois (apenas
por questão de organização).
Foram ouvidas mais de 15 pessoas. Foi
um trabalho muito produtivo. A todo momento estavam presentes os réus, exceto
Marcos que pediu para sair da sala por problemas de saúde.
Em síntese, os depoimentos corroboram
com nossa tese - demonstram um contexto social e econômico da região que
polarizam interesses (representados, por um lado, pela empresa e, por outro,
lideranças como Zé Maria). Esse cenário, que pode ser facilmente compreendido
por nós, é fundamental para compreensão da juíza.
Percebemos que algumas testemunhas
foram instruídas pelos advogados, já apontando as estratégias de defesa. No
geral, se argumenta que Zé Maria tinha "muitos inimigos", pois
enfrentava várias questões. Além disso, a tradição de violência da região.
Ademais, tenta-se demonstrar que o
empresário "não faria isso". Também muito se argumenta sobre os
impactos do veneno na região. Para mim, a estratégia da defesa está frágil e
reforça nossa análise.
Houve um momento bastante tenso no
final da audiência. Eu solicitei a juíza que ouvisse novamente Marcinha (filha
de Zé Maria). Ela tem fatos para serem apresentados (que posso colocar
oportunamente). A reação do advogado de Welington chegou a ser ríspida comigo,
mas sustetamos e enfrentamos o debate.
Por fim, os próximos passos
(importante!):
1. Faltam ser ouvidas duas
testemunhas por carta precatória (moram em outras comarcas), em Fortim (no
caso, o vice prefeito desse município, que é médico e trabalhou para empresa) e
outra em Fortaleza;
2. PRÓXIMA AUDIÊNCIA EM LIMOEIRO, DIA
29 DE ABRIL. Onde se espera ouvir Marcinha (novamente, a nosso pedido) e todas
as testemunhas do empresário João Teixeira.
3. Caso seja possível a oitiva de
todas as testemunhas (por precatórias e em Limoeiro), será feito um dos
momentos mais importantes até então, o interrogatório dos réus, ou seja, ouvir
diretamente os acusados (nós faremos perguntas também, diretamente.
4. Vencendo todas as etapas, então, a
juíza deverá proferir a sentença de pronúncia, quando se decide se os réus vão
ou não à júri popular.
Por enquanto é isso. Em breve vou
sistematiza um informe para repercussão. Por uma feliz coincidência a
importante audiência que disse será alguns dias após os 4 anos de morte. É
importante máxima mobilização.
Estou à disposição para dúvida, mais
informes e divulgações que interessem ao caso.
Desejo, enfim, um forte abraço e um
carnaval de muita paz, alegria e luta!
Cláudio Silva
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